CANTO A LIBERDADE
Sou filho da terra, amigo do vento,
querido pelo sol, adorado pelas águas, um ser pleno em alargamento.
Hoje me pintei para guerra, porém ainda não sei
aonde, como e quando irei guerrear.
Pois, declararam a minha extinção, sem ao menos, me reconhecer
nem tão pouco, desejar me amar.
Sou Guerreiro, Sou Índio e nasci determinado a vencer!
Queria mesmo, era compreender,
onde foi que eu errei?
Pra que você homem branco, desejasse me ver perecer?
Eu não fiz mal pra ninguém, não roubei e nem matei por prazer.
Nunca invadir seu espaço, nem quis seguir os seus passos...
porque quer me banir do futuro
se eu também componho, a melodia da beleza do mundo?
Será que você não tem coração ou simplesmente, quer ser sozinho o dono de tudo?
Não vê que o que anseia é uma prisão, um deserto sem oásis com cercas e muros?
Desperta para a vida homem-branco,
eu também sou teu semelhante e irmão.
O meu querer é tão pouco: Somente quero um pedaço de chão,
distante de sua sociedade, livre de sua tão desejada ambição.
Sou grato pela vida que me sustenta e amo por demais a nossa mãe natureza.
Mais se tiver que lutar para sobreviver, pode ter crer e ter certeza,
que eu vou de toda minha alma me defender.
Porque os espíritos dos meus ancestrais,
irão me dar à força de um milhão ou, até de muito mais.
Portanto, enquanto um de nós existir...
subsistirá a nossa raça “Os Filhos do sol”!
Porque nada ou ninguém, conseguira extinguir
o que já somos no universo da grande harmonia.
E se eu fosse você homem-branco,
observava com amor e ternura
de que somente unidos é que formamos,
a mais bela e completa: Poesia!
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - Akeza.
Essa humilde homenagem vai para meus irmãos que sofrem a agressão dos que têm mente, mas não usam.