Para Sylvia II

Presente muitas vezes em meus sonhos

Com a alcunha de Victória

Sempre longa fábula de final feliz

Quimera de uma escritora que também é bela atriz.

Passeando em pensamento

Sendo lida ao relento

Denotando em aforismos

O seu mundo em fartas folhas

Na cabeceira do surrealismo.

Segue mãe, imponente e linda

Colosso na exposição dos sentimentos

Por dentro estrutura abalável

Sensibilidade inimaginável.

Os rebentos amparados, longe das asas da mãe

O fim já anunciado pelos martírios de viver

Sua escolha foi infindável branca folha

Jamais entenderão o que seria seu bel-prazer.

Trinta anos são tão parcos

Para uma rainha na imortalidade

Temos que carregar os fracassos

Com a incumbência de pisá-los.

O dito “Efeito Sylvia Plath”...

Que muitos poetas carregam no cerne

Não está pertinente a perder

É somar o muito além do que há.

André Anlub

Site: poeteideser.blogspot.com

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Contato: andreanlub@hotmail.com