RAULSEIXISTA-Croniqueta
Saudade da obra, do cara, da letra que acabou de ser pensada, do futuro que ele imaginava e a gente curtia e imaginava junto, do disco quente quentinho que chegava em casa e escutávamos como se fosse o último, da voz de ator e do compositor genial que tomava uísque no dia da sua morte (pode ser pela última vez) do canto triste do amigo da chuva da viola da vida do pai da mãe da virgem maria, dos anos oitenta, setenta, sessenta do tropicalismo ao baião do sertão, da maçã da mamadeira da música da filha da mulher do amigo Pedro, de Jesus de Totens do Diabo da Cruz da espada do disco voador.... seu moço viveu há dez mil anos atrás e deixou saudade, saudade, da terra, do mar, da chuva, da vida, do canto...assim pela última vez. Lagô/Abril2012
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