Homenageando Antônio de Castro Alves, no Dia Nacional da Poesia
Na data de 14 de março de 2012, completaram-se 165 anos do nascimento de um dos maiores poetas abolicionistas brasileiros, Antônio de Castro Alves. Ele era Baiano, pois nasceu na Comarca de Cachoeira, anteriormente denominada de Curralinho. Em 1853 iniciou o curso primário no Ginásio Baiano. No ano de 1862 ingressou na Faculdade de Direito do Recife.
Na Cidade de São Paulo, onde concluiu seus estudos acadêmicos, foi condiscípulo de Rui Barbosa, Fagundes Varela, Afonso Pena e Rodrigues Alves, época na qual vivenciou sua maior glória. Dotado de invulgar inteligência e incomparável inspiração poética, manifestou-se bem cedo como grande lírico, influenciado principalmente por Vitor Hugo. Portador de notável vocação para a eloqüência revelou-se, também poeta épico, vindo a ser o nosso melhor poeta condoreiro, última fase do romantismo no Brasil. É de realçar o sentido social de sua obra, tornando-se mais conhecido entre o povo como poeta social.
A 11 de novembro de 1868 feriu o calcanhar esquerdo, em decorrência de um tiro de espingarda, resultando-lhe a amputação do pé. Em seguida sobreveio a tuberculose o que o obrigou a retornar a Salvador, na Bahia, onde veio a falecer no dia 06 de julho de 1871. Como acervo literário deixou inúmeras e magníficas obras, destacando-se: Espumas Flutuantes; Gonzaga ou a Revolução de Minas; Cachoeira de Paulo Afonso; Vozes D’África; Navio Negreiro etc.
A respeito do magnífico poeta, Ronald de Carvalho declarou:
– “Mais perto andou da alma nacional e o que mais tem influído em nossa poesia ainda que, por todos os modos, tentem disfarçar essa influência, na verdade sensível e profunda.”
Com a finalidade de homenagear e reconhecer os méritos literários de Antonio Castro Alves, foi designada a data de seu aniversário, 14 de março, para ser também “O Dia Nacional da Poesia”.
Fonte: Nova Enciclopédia de Biografias da Planalto Editorial Ltda.