OS DESÍGNIOS DE DEUS

OS DESÍGNIOS DE DEUS

“Quem alimenta o ódio, atira fogo ao próprio coração”.

(André Luiz)

No ventre materno somos gerados, são nove meses de uma convivência harmoniosa. Essa interação mãe filho na vida uterina faz brotar carinho, amor, aconchego, benesses de deliciosas carícias maternais. É a natureza prodigiosa revelando os desígnios de Deus. Enfim, vem à vida retumbante onde mãe e filhos vicejam as alegrias que hão de porvir por toda uma existência. Assim, mãe e filhos representam o sublime dom da vida. A convivência diária, as peraltices, as canções de ninar e um arrefecimento sadio entre irmãos, transformam o lar em prodígios e felicidades. O tempo passa: evoluímos, crescemos e almejamos a nossa própria vida, através de uma profissão que abraçaremos com denodo e dedicação, e se tornarão os ossos de nosso ofício. Pelas tarefas que Deus nos ofertou, muito das vezes temos que nos ausentar de nosso próprio lar. O tempo passa, as alegrias de criança esmaecem, as brincadeiras sadias e pudicas ficam somente na memória, nesse écran passamos a conviver com uma nova situação, a saudade.

Vem casamento, filhos, responsabilidade redobrada, é hora de seguirmos o nosso destino traçado por Deus. Sentimos é claro, mas as mães sofrem muito mais quando se separam de suas crias, mesmo que seja por períodos pequenos e intermitentes. Amor de mãe é divinal, fraternal, jamais iremos esquecer aquele aconchego, aquele aperto contra o peito nas horas de mamar. A mansuetude do coração é balsamo as labaredas do destempero emocional. Ah! Que saudades de minha mãezinha! De vez em quando, quando posso vou visitá-la e abraçá-la com todo fervor para renovar minhas energias. Devemos sempre semear o amor e pensar no devotamento daqueles que nos ama desde o principio.

Mas a vida não é só de alegrias e devotamentos, o tempo é cruel e nos prega cada peça que muitas vezes não queremos acreditar. O trabalho é uma construção, são títulos de confiança em nosso caminho. Nem sempre de felicidades a vida nos delicia. Notícias inesperadas chegam e nossos pobres corações começam a palpitar, a bater mais forte e o sangue a correr mais intensamente em nossas veias. Do outro lado da linha telefônica uma voz tristonha e chorosa nos diz: mamãe está doente e precisa com urgência de nossa presença. Os afazeres são tantos que perdemos o sublime momento de voltar a sentir aqueles momentos felizes que ficaram gravados em nossos corações e que não poderemos deletar. É caso grave. O que fazer? A dúvida torna-se cruel, mas o amor fala mais alto e lá estamos novamente confortando aquele anjo já meio alquebrado pela doença e pelo tempo cruel que não espera por ninguém. Nosso coração sofre e se pudéssemos jamais voltaríamos, ficaríamos ali dando o carinho que aquele ser maravilhoso merece, mas o dever nos chama. Estamos de volta, com as atenções voltadas para a terra que nos abrigou e nos ofereceu o que de melhor havia. No mundo não semeamos somente flores, às vezes colhemos espinhos. Eis que o inesperado acontece, venha urgente mãezinha piorou está hospitalizada e quer vê-lo, meu estimado irmão. Mais uma vez o amor fala mais alto e lá estamos novamente, mas com a certeza de que aquele corpo cansado, alquebrado já havia programado a sua partida.

Cumprimos a nossa destinação e regressamos outra vez. Aqui nos referimos a uma brava criatura, batalhadora, cumpridora de suas atribuições com pessoa humana, mãe de família, amada e querida por todos, principalmente pelos filhos. Chega então o momento doloroso que mesmo sendo fortes, não nos habituamos a aceitar, o desencarne. A bondosa senhora de nome Tânia Maria Terra de Melo, parte do mundo material para o espiritual, deixando corações dilacerados, principalmente do amigo genial, bondoso, carismático e cumpridor de seus deveres, Paulo Roberto Nogueira e de toda sua família. Professor Paulo a vida física é uma escola abençoada, é insofismável; mas, se nós não se aproveitarmos dela a fim de aprender suficientemente as lições que se destinam ao seu engrandecimento espiritual, em nada lhe valerá o ingresso no aprendizado humano. A senhora Tânia foi professora nesse mister. A perda de um ente querido nos estressa, nos entristece, e abala toda estrutura da família. O que fazer? Aceitar os desígnios de Deus, pois nossa vida terrena é passageira, aqui estamos cumprindo apenas uma missão. Dona Tânia agora descansa está sendo tratada no mundo espiritual por espíritos simpáticos, nas colônias espirituais.

Foi bem recebida por Deus e por Jesus e seus amigos desencarnados e familiares também. Estimado mestre o que nos resta? Orar, pedir ao Pai Maior pela breve recuperação perispiritual da senhora Tânia Melo, sua mamãe querida. Os entes que partiram antes estão a recepcioná-la da melhor maneira possível. Lá mesmo ela jamais esquecerá seus filhos amados. Aproveito o ensejo como seu aluno para enviar em meu nome e de minha família os mais sinceros encômios, e reafirmar o que aqui ficou foi apenas o duplo etéreo, que voltará de onde veio: do fluido cósmico ou fluido universal. Paulo, o Espírito de sua mamãe está bem, sendo tratada como merece, pois em vida terrena foi uma batalhadora, e como prêmio pelos excelentes ensinamentos prestados no orbe terrestre, terá um tratamento digno na erraticidade. A toda família enlutada nossos pêsames e votos de pesar, porém saiba que a morte não é o fim, apenas uma passagem da vida material para a espiritual, e esse procedimento são desígnios de Deus. Consolação para todos, somente o tempo se encarregará de amenizar os sofrimentos. Fique com Deus estimado mestre, Jesus ama a todos de sua família. Lembre-se que a enfermidade do corpo será remédio salutar para nossas almas. Um abraço fraterno.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-ESTUDANTE DE JORNALISMO DA FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA (FGF).

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 22/01/2007
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