Cumpriu seu papel por aqui!

Podemos dizer, sem medo de cometermos erros capitais ou sermos enquadrados dentre aqueles que gostam de rotular pessoas ou ainda, de pretendermos ser os donos da verdade estabelecendo procedimentos sociais que julgam mais propícios para uma vida em sociedade, onde há seres humanos que ‘vivem uma vida’ e outros que apenas ‘passam por aqui’...

E há varias hipóteses para esta ‘pseuda classificação’: razões de cunho moral, razões de cunho financeiro, razões de cunho literalmente existencial e/ou filantrópico e há ainda, razões de cunho físico!

Baseando-se exclusivamente na última razão apontada, há questionamentos que não podem e não devem calar. Como por exemplo: Como classificaríamos pessoas que nascem com grave problema cerebral e passam toda sua existência de forma ‘vegetativa’, somente no aguardo de um ‘desligamento total’? Viveram uma vida ou simplesmente passaram por aqui?

É claro que fomos ‘no ápice’ dos casos motivados por problema físico, porém, havemos de convir que em casos de menor escala, há pessoas especiais que apresentam ‘anormalidade (segundo os dogmas de normalidade estabelecidos pela sociedade...)’ em menor grau, possibilitando que vivam sua vida dentro da normalidade ‘impingida’ pela sociedade e que, entretanto, tem de enfrentar e superar barreiras que não são impostas para aqueles considerados ‘normais’.

Em sendo assim, rendemos esta homenagem-póstuma a um nosso tio (situado no campo dos excepcionais, haja vista ser paraplégico em um de seus membros inferiores e apresentar continuamente oscilações em seu temperamento e sistema nervoso...) falecido no dia de hoje, na cidade do Rio de Janeiro. Deste tio guardamos boas lembranças de poucos momentos que tivemos um mais estreito contato e também não tão boas lembranças quando, em prol de momentos nos quais ‘os devaneios’ superavam sua razão, não conseguíamos entender a delicadeza da situação e tínhamos atritos com ele, como se estivemos nos atritando com alguma criança!

Agora, analisando com maior frieza as desavenças que não soubemos superar e entender, deduzimos que nos equiparamos ‘bem por baixo’ àquelas pessoas irascíveis, desprovidas de sensibilidade e sem o ‘feeling’ suficiente para interagir com pessoas excepcionais.

Daí,... , só nos resta envidar nosso pedido de perdão...

R.ecordamos com bastante saudade...

E.le nos presenteava com ‘santinhos’ e nos dava muita atenção

G.ostava dos sobrinhos sem pretender ‘santidade’

I.mpessoal por vezes,... , era sua pura opção

N.o entanto, o tempo inexorável, multiplicou nossa idade

A. ciranda da vida cobrou o seu quinhão

L.entamente, cegueira e atos de insanidade

D.o rapaz decidido nada restava não!

O. definhamento final,... , agora só restará a saudade!

Vá com Deus, ‘tio doin’...

Junte-se a eles e leve nossas saudades ao seu Pai Tonho, sua Mãe Chiquinha, seu irmão Abdias, sua irmã Abigail, seu irmão Toinho, sua irmã Nicinha, sua irmã Carminha, sua irmã Euza e sua irmã Marinete!

HICS
Enviado por HICS em 04/03/2012
Código do texto: T3535217
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