Homenagem ao Irmão Querido

(Para João Augusto)

O seu dia chegou,

o tempo passou tão depressa.

Quantas coisas podíamos realizar?

não realizamos.

As horas nos deixaram,

quão duro é ver a partida.

mais lúgubre que os outros ver,

dá uma saudade de ti.

Coisa funesta ver a ida de si mesmo...

ver caminhos passando, vida passando.

Emoções, pensamentos, mas não há alento...

Sinto a falta do irmão querido...

o pai devotado, o amigo.

Foi estranha a tua ida, sem despedida,

é mano velho, não sabemos nosso destino,

nem sabemos que nos despedimos.

Por que não aprendemos a lição?

Antes das horas nos deixarem?

Antes de termos que ir?

Antes de nos despedir?

Ir é despedir-se de si, das feridas,

de todos os sóis, de todos nós.

Quero te dizer mano velho...

um adeus sem lágrimas,

um adeus de amor, te amo, nos vemos...

Mesmo nas horas mais lúgrubres,

a poetisa encanta com tão lindo poetizar.

Nos vemos poetisa,

se não neste mundo, que seja em outro lugar!

Neoqeav

Autora Mara Virginia

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Karlos Brasil
Enviado por Karlos Brasil em 02/03/2012
Código do texto: T3530498
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