Para Sylvia

Abra a porta e deixe a felicidade entrar

Conte à ela toda sua vida e suas histórias

Fale de suas amarguras e vitórias

Convide-a para um chá

Temos pão integral e frutas.

Que tal a deixarmos recitar um poema seu?

Fazer desse momento aquele que nunca se esqueça

Vamos Sylvia, então escolha você...

Assim, de repente, sumimos para além dessa redoma de vidro

Para longe de uma coação em sua cabeça.

Diga em voz alta, exponha o que lhe faz falta

Abram todos, todas as janelas

Se for repressão ou depressão...

Ainda não está fenecida

Faça as pazes com a vida.

Invente que escrever é sua mazela.

Coloque mais um prato na mesa

Mais lenha na lareira e ajeite a cama

A alegria quer ficar.

Sylvia, não se vá...

As letras já estão em prantos.

Todas as pessoas que foram seus sufrágios

Agora estão deitadas em posição fetal

Com olhos encharcados...

Olhando o além, com suas poesias em mãos

Vivenciando o quão a vida é fatal

Descobrindo que nem a morte é em vão.

André Anlub

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Contato: andreanlub@hotmail.com