Ao meio lindo sobrinho Caio Lúcio...
Os dias não passam...eles murmuram a falta de ti, eles, os dias, estão inconformados com a tua partida; assim tão prematura, e arredia.
Os dias não querem injustiça, manchando suas horas, seus minutos, eles, exigem que o detino revire-se no seu profundo, e resgate-o das suas entranhas...Nâo há acaso que dê contas, não há palavra de conforto, não há sentido neste plano.
A dor e a lágrima são ditames, e viver assim nesse barco que desvairado navega entre a incredulidade e a mansidão me faz fantasma.
Há fantasmas nos tronos da desolação, e o que todos sabemos é que a Ceifeira nõa perdoa...ela exerce em pessoa o seu papel.
Não aceito! Diz o dia, diz a noite, diz o tempo!
Não aceito! Diz o medo, diz a falta e diz a fé!
E dentro do peito molestado pela Saudade, à sombra da equidade diz: Adeus; contudo a Rainha Sabedoria me enche de Euforia dizendo Até Breve...
Isso me faz mais leve, igual a um balão, e eu voo aos Ceús e descortino um véu que me sereniza, ele é a esperança: Eterna bonança que me reanima o viver...
E ao invés de chorar, eu rio, um riso de genuina fé, mesmo que os dias
de eterna e assombrosa falta, me sufoquem,serei casta, crendo que ao me ir...além...no até...vou me encontrar com seu Sorriso, e me aconchegar em seu destino, cheio de espera e amor.
Caio Lúcio Souza Guerra escreverei seu nome aqui neste poema, guardada pelos segundos dos dias, porém, quando for minha, a hora chegada...levarei comigo ele escrito, dependurado nesses mesmos dias de lembranças de minha emoção...
Paz e luz.