SONETO (de Arnoldo Boson)
Um amigo poeta e músico daqui de BH escreveu seu primeiro soneto e o ofereceu como homenagem a mim.
Fiquei tão feliz e gostei tanto pela beleza, inovação, musicalidade e originalidade, que quero registrá-lo aqui, neste espaço:
Soneto,
Eu que ria, eu que dizia em poesia não me meto
... Que bobagem, que viagem, virar pajem de um soneto
Vê se eu vou perder meu tempo com estrelas ou luar
E ficar contando letras... pra depois vir suspirar
Mas um dia, ventania, quem diria, veio ao vento
Um amor, um explendor, que tem a dor por seu sustento
Veio linda e foi-se embora qual aurora repentina
(Mas ficou dentro dos olhos, tatuada na retina)
Já não zombo dos poetas... hoje eu sei, paguei a língua
Aprendi que a poesia torna bela a triste míngua
Já passou aquele tempo de estrelas não olhar
Eu agora conto letras...de pensar me falta o ar
Eu que ria, eu que dizia em poesia não me meto
que bobagem, que viagem... é tão bom fazer soneto