Passagem de bom-humor
Quem me dera
ter tua face bem-humorada
Transformavas tragédia em gargalhada
medo em porta aberta
livre prá entrar alegria
Com maestria
em dias de tensão
transformava-me em palhaça
achava (fazia) graça
Nasceste em outro mundo
sorrias do que era sério
tiravas de letra as intempéries
fazias castelos de areia
acreditavas que a vida estava ali – não aquí
onde me encontravas nem sempre tão faceira
mas sempre aberta
prá ouvir tuas besteiras
No final de tudo
tuas besteiras davam-me uma rasteira
esquecia de tudo
voava para teu outro mundo
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Homenagem a um amigo de longos anos que, infelizmente, faleceu há 5 anos.
07/02/2012
rosalva-cantinhodopapo.blogspot.com