WHITNEY HOUSTON
O mundo, que parece já tão acostumado a tragédias se abalou com a notícia inesperada da morte precoce de Whitney Houston, a talentosa cantora americana, uma das mais bem sucedidas da música pop.
A manchete era praticamente a mesma em todos os jornais do mundo “WHITNEY HOUSTON MORRE AOS 48 ANOS”. Parece-me que até os meios de comunicação menos confiáveis como os jornais sensacionalistas e tablóides se ressentiram desta perda abrupta: apenas 48 anos!!!!
Também foi rápida a conexão que a mídia fez com uma outra perda tão sentida no mundo do entretenimento e, porque não dizer, até fora dele? O talento inigualável descoberto ainda na infância, a formação religiosa com fundamentos bíblicos, a origem do interior dos EUA, a mãe a influenciar no amor à música, a carreira meteórica e premiadíssima, a negritude, a pressão da mídia, as vozes únicas e até o fatídico TMZ, que se gabou em anunciar em primeira mão a morte de ambos ... tantos fatores em comum entre Michael e Whitney deram uma base pouco estruturada para que a imprensa novamente ligasse o nome dele com o uso de drogas.
Até o momento, não se sabe a causa da morte de Whitney, mas nem ela escondeu sua dependência química que, infelizmente foi debilitando a talentosa e linda negra de voz inconfundível. Não deve mesmo ser fácil ser negro na América e ainda mais quando se faz um sucesso estrondoso. Menos tolerante é o preconceito quando você falha...
Pensei nos conflitos internos que tumultuavam no cantinho mais guardado do ser dessa mulher, na falta de uma marido amoroso, de uma lar confortante, na solidão que o sucesso impôs a ela, nas pessoas desonestas que a rodearam, nos aduladores que foram falsos amigos, na empresa sanguessuga do entretenimento, a tirar proveito até matar, interessando-se mais por cifras do que por pessoas, nos tablóides que ficavam como ave de rapina à caça da escândalos.
Falaram que ela, como Michael, estavam em bancarrota financeira, em depressão pelo declínio da carreira e porisso, provavelmente tenham se entregue aos vícios.
Mas cada caso deve ser analisado por si só, são históricos diferentes e Michael não era viciado em drogas, que fique bem claro. Ele era dependente de medicamentos. Isso faz toda a diferença que os meios de comunicação fazem questão de ignorar.
Mas, polêmicas à parte, Michael Jackson e Whitney Houston tinham muito em comum, mais além do que as reportagens conseguem mostrar.
Eles se respeitavam muito e se admiravam. Há muitos registros de imagens dos dois juntos. E agora, sem dúvida, quando Whitney – a artista - chega ao patamar de mito, espero que Whitney – a pessoa – encontre o descanso que não teve na breve e tumultuada vida.
Como diria Michael: _ Gone too soon!
Que os seus fãs saibam continuar seu legado e que aqueles a quem você amou saibam honrar a sua memória. Você certamente fará muita falta. Descanse em paz, Whitney!!!
(Abaixo, vídeo no Youtube com imagens de Michael Jackson e Whitney Houston)
http://www.youtube.com/watch?v=4kvD6KRankY&feature=fvwrel