(28-05-08)

Cada gramínea deste vasto monumental
Rende as graças de teu imponente passado
Faz-se assim naturalmente imortal
A sombra do pavilhão o mantém calado

São mais de seis milhões que gritam
Aplaudem feito loucos tuas vitórias
Na insanidade sadia dos que te amam
Estendem um manto azul em tuas glórias!

Ó tricolor, sempre impiedoso!
Raça e pegada são seus lemas
Do sangue gaúcho e tão corajoso
Heróis de bravuras dissolvem dilemas

O mundo já se rendeu as tuas cores
E a américa duas vezes vibrou de consagração!
Serás sempre o paladar de meus sabores
Onde estejamos, somos alma e coração

Porto-alegrense, é mais que centenário
Com tantas conquistas, orgulhosos deveras!
Calvários vermelhos, brasão sanguinário
Elite esportiva, bendiga singelas

Alegria incontida que me invade
Ao anunciar que se faz do teu nome
Flâmulas e tremores adormecem a tirania covarde
Volúpia de sonho tardio que me consome

A azenha é a casa de meus sonhos
E o olímpico eterno palco de emoções
Vida e morte são sentimentos estranhos
Quando o Grêmio age em suas monções...

Até os pequeninos se deslumbram
São valsas em gramados que flutuam
E quando vazam a meta adversária...záz!
Glorificamos e saltamos sem olhar para trás

Hoje temos a certeza desse sentimento
Pois a cada instante, cada jogo, cada momento
Até a pé nós iremos diria Lupicínio Rodrigues
E como Lara, seguimos a trilhar, sem tormento...

***