Ao cavaleiro do sertão.
Meu amor é assim, um cavaleiro cavalheiro, seu amor por mim nunca terá fim, é dedicado e faz tudo por mim, e não somente por mim, mas, também, pelo seu bem querer. Está sempre comigo escondido dentro do seu coração e por conhecer o meu coração advinha os meus pensamentos, ele é um grande amor, mesmo estando no meio da multidão com a qual convive no trabalho. Meu amor é muito ocupado e por muitos é procurado porque sempre faz o bem defendendo o direito dos menos favorecidos, fazendo-o com a moral elevada e pelo bem de cada um mas não esquece de mim pois quando volta o faz de corpo e alma e no lar encontra inspiração para cantar velhas canções de amor que renovam as minhas emoções, ele é muito valoroso, muito cuidadoso e, também, muito teimoso, mas nessa sua teimosia levou meu coração. Ele é encantador, eu o admiro muito e, mais ainda, quando fica invocado e sério por alguma coisa errada que vê à sua frente, mas assim mesmo é um dengo, e muito charmoso, principalmente quando montado em seu cavalo preto cavalga pelos campos ao encontro de sua musa inspiradora quando então acentua ainda mais o seu charme. Eu adoro vê-lo atento ao caminho e segurando firme as rédeas da sua montaria, suas mãos, rudes pelo trabalho pesado que executam, tornam-se finas e delicadas quando acariciam o meu rosto, ele é sério mas quando sorri é porque em seu coração desabrochou a felicidade. Meu amor é assim: não precisa sair muito cedo para o trabalho porque tem a tarde e um pedaço da noite para realizar as suas tarefas e as faz com prazer; gosta de tudo, mas reclama quando algo não o agrada mas pelo que eu o amo perdoo os seus erros do passado porque sei que o seu amor será sempre para mim, em sua boca o meu nome soa como doce, eu o adoro e ele me dá retorno oferecendo-me o reino do seu coração, amo tudo que ele faz e se ele saiu do sertão para vir para a cidade grande nuca deixou de ser o meu cavaleiro do sertão.