3ª EDIÇÃO: FESTIVAL "CANTA GOIÁ" em Coromandel.MG

3ª EDIÇÃO: FESTIVAL "CANTA GOIÁ"

[[Mais de três décadas sem o Poeta Goiá]] Festival resgata trajetória musical do compositor. O evento será realizado na Casa da Cultura de Coromandel-MG, nessa sexta-feira (20/01/2012), a partir das 19h. NÃO PERCAM!!!

POETA GOIÁ (GERSON COUTINHO DA SILVA):

"Na terra do DIAMANTE, o brilho latente é assinalado através do TALENTO, incomparável, de seu povo". Autor: Juan Wagner Honorato.18/01/2012.

NOSSO GRANDE REPRESENTANTE, FILHO ILUSTRE DE COROMANDEL: GOIÁ, ORGULHAMOS DESSE PROTAGONISTA DE NOSSA HISTÓRIA! ETERNIZADO MAIS AINDA, COM O PASSAR DOS TEMPOS...

Saudade de Minha Terra (AUTOR: POETA GOIÁ)

"De que me adianta, viver na cidade,

Se a felicidade não me acompanhar.

Adeus paulistinha do meu coração,

Lá pro meu sertão eu quero voltar.

Ver na madrugada, quando a passarada,

Fazendo alvorada, começa a cantar,

Com satisfação, arreio o burrão,

Cortando o estradão, saio a galopar;

E vou escutando o gado berrando,

Sabiá cantando no jequitibá.

Por Nossa Senhora, meu sertão querido,

Vivo arrependido por ter te deixado;

Esta nova vida, aqui na cidade,

De tanta saudade eu tenho chorado,

Aqui tem alguém, diz que me quer bem,

Mas não me convém, eu tenho pensado,

Eu fico com pena, mas esta morena,

Não sabe o sistema em que fui criado.

Tô aqui cantando, de longe escutando,

Alguém está chorando com o rádio ligado.

Que saudade imensa, do campo e do mato,

Do manso regato que corta as campinas,

Aos domingos ia, passear de canoa,

Na linda lagoa de águas cristalinas;

Que doce lembrança, daquelas festanças,

Onde tinha danças e lindas meninas,

Eu vivo hoje em dia, sem ter alegria,

O mundo judia mas também ensina.

Estou contrariado mas não derrotado,

Eu sou bem guiado pelas mãos divinas.

Pra minha mãezinha, já telegrafei,

Que já me cansei de tanto sofrer;

Nesta madrugada estarei de partida,

Pra terra querida que me viu nascer;

Já ouço sonhando, o galo cantando,

O inhambu piando no escurecer,

A lua prateada, clareando as estradas,

A relva molhada desde o anoitecer.

Eu preciso ir, pra ver tudo alí,

Foi lá que nascí, lá quero morrer." (POETA GOIÁ).