Eduardo Brandão.
Eu não sei por que causa
Hoje me lembrei de Brandão
Aquele gordo sisudo
Mas de bom coração
Que vivia ajudando a todos
E mesmo os de baixo calão.
Era sempre educado
Mas às vezes meio turrão
Sabia ser sempre alinhado
Trazia na mente o povão
Tratava com todo cuidado
Evitava dizer não...
Se lhe pedisse pra fazer algo
Era bom fazer ou procurar opção
Pois se caso lhe faltasse tato
Outros meios importavam não
Deverias é cumprir o seu trato
Trazer o feito sem aflição.
Eduardo era de fato
Um homem de devoção
Queria ser denotado
E o foi até de montão
Tornou-se Prefeito honrado
Deputado, ilustre cidadão
Foi da vida um debochado
Viveu a alegria sem dimensão.
Foi-se embora como um pássaro
Que voando foi ao chão
Estava alegre naquela hora
Trazia no peito emoção
Deixou amigos e parentes que agora
Entendem o que é viver em profusão
Levar um sorriso no rosto
Mesmo que para São Pedro ou São João.
Fique sabendo amigo Eduardo
Que de seu sorriso esqueço não
Nem de seu dedo duro e cortado
Que quase furava meu coração
E de seu cabelo preto e alisado
Que atrapalhando sua visão
Forçava você a empurrá-lo
Nervosamente com a mão.
Fica aqui esta mensagem singela
De um amigo de devoção
Lembrando que amizade sincera
Não acaba porque um se foi não
Fica o respeito, o aprendizado
O prazer em dizer com emoção
E mesmo com vaidade
E lembrando com saudade
Fui amigo de verdade ,
De Eduardo Brandão.