Já imaginou o que é viver, seja este viver
O mais breve viver, seja este viver o mais longo viver? E
Se dissermos que mesmo passando por este mundo de maneira
Inexpressiva, até mereceríamos ser citados? Pensando
Assim, o grande médico patologista austríaco Karl Rokitansky, após
Supervisionar cerca de 70.000 necropsias, pensou tanto
 
Como ficaríamos após nosso morrer que até criou uma
Oração que se tornaria conhecida como “Oração ao Cadáver Desconhecido”. Porque foi
Sua preocupação compô-la? Para que os médicos de sua época não
Tratassem o ser humano, logo após sua morte, como “um simples objeto de pesquisa”, passando
Assim a tratá-lo com o máximo respeito. Portanto, o seu legado foi deixado ao cadáver que, por sua
 
Vez, tal palavra originaria-se do latim “Caro Data Vermibus” ao qual, na
Interpretação literal do termo, significa “Carne Dada aos Vermes”.
Eis, então, um bom tema propício para nossa reflexão já que em uma determinada época
Iremos também ser dados aos vermes, embora hajam muitos tolos que nem
Refletiram ainda sobre a própria finitude, esquecendo-se quão fugaz é
A nossa vida, lamentavelmente se partirmos cedo, alegremente se partirmos ante o sofrimento.

 
 
“AO CURVAR-TE COM A LÂMINA RIJA DE TEU BISTURI SOBRE O CADÁVER DESCONHECIDO, LEMBRA-TE QUE ESTE CORPO NASCEU DO AMOR DE DUAS ALMAS; CRESCEU  EMBALADO PELA FÉ E ESPERANÇA DAQUELA QUE EM SEU SEIO O AGASALHOU, SORRIU E SONHOU OS MESMOS  SONHOS DAS CRIANÇAS E DOS JOVENS; POR CERTO AMOU  E FOI AMADO E SENTIU SAUDADE DOS OUTROS QUE PARTIRAM, ACALENTOU UM AMANHÃ FELIZ E AGORA JAZ NA FRIA LOUSA, SEM QUE POR ELE TIVESSE DERRAMADO UMA LÁGRIMA SEQUER, SEM QUE TIVESSE UMA SÓ PRECE.  SEU NOME SÓ DEUS SABE. MAS O DESTINO INEXORÁVEL DEU-LHE O PODER E A GRANDEZA DE SERVIR À HUMANIDADE QUE POR ELE PASSOU INDIFERENTEMENTE. TU, QUE TIVESTES O TEU CORPO PERTURBADO EM SEU REPOUSO PROFUNDO PELAS NOSSAS MÃOS ÁVIDAS DE SABER, O NOSSO RESPEITO E AGRADECIMENTO”.
 
                                                                                                                    
                                                                      
                                            Elixis - 08/01/12

O Iluminado
Enviado por O Iluminado em 11/01/2012
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