"HOMENAGEM... ANTES TARDE..."
Eis que de repente a angústia poética rasga as cortinas,
E a fumaça que a tapar os olhos e a tontear a mente se esvai.
Foi um soprar de brisas a assentar nos ombros da razão repentina,
Ou um iluminar radiante a me mostrar a máscara que cai.
Cada rótulo era motivo justo, o que eu pensava,
A me martirizar, ou até mesmo punir-me a decisão
Tomada às luzes de um impedimento ao que sonhava
E que a todo momento só me ratificava ser frustração.
E bastaram meias-palavras ordenadas em mensagem
A me fazer refletir sobre o espaço ocupado e assumido,
Pois a “missão” é sublime apesar das lágrimas e das dores.
É ela a ponte, o caminho, a estrada... a passagem
A se chegar a qualquer outro extremo perseguido.
Salve, Mestre, com ou sem carinho, chefe dos Atores!
(ARO. 1995)