S Ó C R A T E S

Em Atenas viveu o mito,

Sem deixar-nos um escrito,

Chegou à posteridade,

Por sua genialidade.

Se foi de Platão,

Apenas um personagem,

Valeu por sua coragem,

Equilíbrio e razão.

Seus profundos valores,

Iam muito além,

Dos prazeres do sentido,

Superando até os amores.

Um dos pioneiros,

Da Filosofia Ocidental,

Seus conceitos certeiros,

O tornaram tão especial.

A beleza sua eleita

Entre as maiores virtudes,

Junto com a bondade

E a justiça certeira

Engalanavam suas atitudes.

Mas sua total dedicação

Era o parto das ideias

Para quem doava seu coração.

Maiêutica tornou-se rival,

De seus próprios filhos.

Sem toldar-lhe o brilho,

Foi sua vitória final.

Piedoso, bondoso e genial,

Não escapou ao tribunal,

Injusto que o condenou,

A beber veneno mortal.

Era diferente nos aspectos

Moral, filosófico e intelectual,

Dos seus contemporâneos.

Até mesmo seu amigo Críton

Não o compreendeu,

Quando condenado a morte,

Recusou-se a fugir,

Era mais que um ato de coragem.

A íntegra de sua mensagem.

Registrada na Apologia.

De Críton e Platão.

Ele instigava-os a Razão.

Ao ser julgado por heresia,

E corrupção à juventude,

Citou seu método

Elenchos onde demonstrava,

As crenças errôneas

De seus juízes.

Acreditava na alma imortal,

E que teria recebido,

De Apolo ser divinal,

Uma missão especial,

Defender o logos apolíneo,

“Conhece-te a ti mesmo”.

Não poderia ficar oculto,

Tudo o que ele nos revelou,

Através de sua ciência

Ao acordar-nos a consciência.

Duvidava da ideia sofista,

De que a verdadeira

“Arete” virtude

Pudesse ser ensinada.

Excelência moral era mais

Uma questão de inspiração

E não questão de parentesco.

Aí se levantou o muro

Que o separou do futuro

De seus próprios filhos...

Não divulgava suas ideias

Como suas, mas sim de seus Mestres.

Pródigo e Anaxágoras.

Só temos que nos ateste

Os diálogos de Platão,

As peças de Aristófanes

E os diálogos de Xenofonte.

Ele mesmo dizia ser limitada

Sua sabedoria à sua própria

Ignorância:

“Só sei que nada sei”

nunca se proclamou sábio,

Sua intenção era levar

As pessoas ao conhecimento

De seus conhecimentos

Analisando os problemas,

Em seus profundos temas

Este era o seu lema

Partindo de conceitos conhecidos,

Daquilo que se conhece,

Percebem-se os dogmas

E preconceitos existentes.

Nestes teus gestos fraternos

E em nossos momentos hodiernos,

Precisamos ainda de tua cara alma

Aradia Rhianon
Enviado por Aradia Rhianon em 30/11/2011
Código do texto: T3364179
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.