Menina Mariângela
Nos versos que faz, seu vôo é alto,
Tão longe deste mundo prevísivel, descalça sem salto.
A encantar se dedica, não por hipocrisia,
É que seus pensamentos se convertem em sublime poesia.
Mariângela, onde estás? Esta aqui no meu cantinho,
Mariângela, doce é você que aqui me trouxe com carinho.
Seus dedos estarão dormindo?
Ou estão correndo livres, prenchendo lacunas com o que está sentindo?
Às vezes é mulher que seduz,
Com inteligência tamanha, em meio tanto cinza, é pura luz.
Mas...
Também é peralta menina,
Que com seu riso tão doce tenta encobrir o quanto é traquina.
Tão jovem, tão bela, tão minha tia sem ser.
Sou sua sobrinha por que quero, Shakespeare já brincava de ser ou não ser...
Sua missão é tão grande, psico-poetisa, menina-mulher.
Não sei se me encanto com seus versos ou com tudo que disser.
Conhece o arco-íris? Em relação a você é tão sem cor...
Nele existem sete cores e em você todas decoradas com florzinhas de amor...
Linda, menina, é assim que eu a vejo.
E neste coração tão bom deposito um carinhoso beijo.