"AO MESTRE, MEU CARINHO"
Suas armas são brancas e inofensivas à vida;
Seus valores são imensuráveis à medida que avança;
Sua paciência, inesgotável, não se consegue em psicanálise;
Seus argumentos convincentes nunca são discutidos.
Qual de um circo o palhaço em teus momentos sempre alegres,
Tu não podes transmitir tuas fraquezas e emoções,
Tu te tornaste um ídolo e não podes frustrar teus fãs,
Tu és a perfeição em seus olhos; jamais podeis desiludi-los.
Tu és a máquina do sorrir e do olhar, a cada final,
Pois de tuas mãos, como um todo-poderoso, ou mesmo equivalente,
Serão traçados de cada um seus delicados destinos.
E, talvez, na comparação e, sobretudo na equivalência,
Tu tens a bênção e a inspiração Divina, todo dia, Professor,
Deitas a cabeça no travesseiro e acordas numa sala de aula...
(ARO. 1988)