Imprensa de luto
Imprensa de luto
No meu conceito, este segmento social certamente só perde em importância para a classe médica e a de ensino. Nossas condolências a estes corajosos elementos que chegam a divergir dos donos de várias mídias.
Os jornalistas honestos que abraçam esta profissão com convicção e que exercem as funções de observar, registrar, denunciar e cobrar devem ser idolatrados pela população indefesa que precisa destes profissionais para lutar pelos interesses de segmentos oprimidos (quase todos) por um “estado inimigo” que cobra impostos elevados e nos oferece menos de 20% de benefícios e mais de 80% transtornos.
No dia 06/11/2011, o cinegrafista Gelson da Silva da valorosa equipe BAND foi mortalmente atingido durante cobertura de confronto (mais um) entre marginais fortemente armados e policiais em desvantagem constante devido à política errônea (conveniente) dos setores de “inteligência” destas corporações.
A perda deste corajoso repórter enluta a família e a empresa da qual ele fazia parte. Mesmo sem a percepção adequada por parte de nossa população, enluta muito mais nossa sociedade que não se dá conta das sucessivas perdas de seus direitos e das vozes que se calam em sua defesa.
Da mesma forma que aconteceu com Tim Lopes, dentro de 15 dias o assunto deixará de ser estampado, quando o correto deveria ser o fortalecimento da grande cruzada para expulsar os gatunos que portam armas de fogo e canetas voltadas para o genocídio coletivo.
Os que possuem a percepção da gravidade de nossa atualidade torcem para que tal fato triste não esmoreça a coragem do último baluarte de defesa de nossas liberdades.
Que as almas destes abnegados se unam para iluminar aos que possam de alguma forma criar condições de mudanças deste panorama que está nos conduzindo para um futuro pior que o do Havaí.
Quando nossa população deixará de se drogar com programas do tipo Big Burro Brasil para usar seus neurônios em prol da elevação de nossa qualidade de vida?
Haroldo P. Barboza
Autor do livro: Brinque e cresça feliz