TEMPOS DE NORMALISTA
 
Meus tempos de normalista
perderam-se em longínquas estradas;
tempos de sonhos bem vindos
por uma educação planejada.
 
Formada professorinha,
dezoito anos contava,
meus alunos: SUPLETIVO,
eu era a mais nova da sala.
 
Além do prazer de ensinar,
sentia-me Mulher Maravilha;
os "paqueras" a declamar
do Ataulfo a cantiga.
 
O salário já era tristeza,
não poderia sobreviver,
enfim esqueci a beleza
e outro caminho busquei.
 
Hoje sou puro lamento
pelo total despudor
c' os que aviltam a classe
e o brio do professor.
 
Meu respeito aos profissionais
que trabalham por amor!


Resistam, não se acovardem,
ao regar as sementes dormentes
do jardim da  EDUCAÇÃO!
- PRINCÍPIO DE TUDO -
 
Rogoldoni
15 10 2011

 
 
Rosângela de Souza Goldoni
Enviado por Rosângela de Souza Goldoni em 15/10/2011
Reeditado em 15/10/2015
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