"GREGÓRIO DE MATOS: BOCA DO INFERNO"
Patrono da Academia Brasileira de Letras, cadeira dezesseis,
Chamada com propriedade:"Cadeira da Irreverência",
Trouxe ao Brasil os decassílabos italianos, depois versos gregorianos,
Chegou a ter sido o verdadeiro fundador da Literatura Brasileira.
Celebrou-se 'repentista' retratando autoridades, foi lírico e religioso...
Inconformado com a sorte e contradição na época, viu-se revoltado.
Entre suas poesias, os sonetos religiosos de arrependimento e agonia
Tomam destaque no Barroco, do primeiro poeta boêmio do Brasil.
Os azedumes no peito em emanações de mordacidade ferina
Deu-lhe a alcunha, epíteto, antonomásia de "Boca do Inferno",
Rótulo que lhe veio das obscenidades caricaturadas nas palavras.
"Tempestade; Anjo Bento... A Jesus Cristo Nosso Senhor..."
Algumas de suas obras produzidas em relampejos.
Esse foi Gregório de Matos Guerra quase um Vigário Geral.