NOSSO FLUXO!
* Tributo a Renato Russo
Só navegas em meu fluxo.
Há tempos. Neste fato inocente e absurdo
Para entender o poeta
Obscuro?
Vou ao teu embalo... No refluxo
Bem inocente ao passo descuidado
Como fazem os pretensos espertos...
Assim... No escuro!
Ao amar todos, sem que haja um futuro.
Será? Louca excitação pelo infinito... Uma viagem?
Só há um caminho para casa,
Selvagem!
É o segredo do presente astuto
Que se deslumbra como miragem
Que acasalo como fera
Vamos nesse rumo intrépido e resoluto
Agressivos monstros ilusórios e aflitos,
Que vivem a promover atritos.
Só navegas em meu fluxo.
Tão jovens!
A encontrar o seu destino em meio aos conflitos
Não será esse o destino tão bendito?
Já estou todo entregue ao teu influxo
A estes que me puxam
Casto que crucifica o caboclo... Peregrino.
Será legião! Quis mudar o decisivo.
Sou um grão de caco...
Será essa a minha sina... Viver de esgrima?
A rascunhar meus improvisos
Mascando tabaco e crendo no taco
Preciso amar os seres como se fossem
Exclusivos!
Porém, brigar pra quê?
Deixar de lado esse culto ao narciso
Andando a criar confusão na contra mão
Sem o abraço e o beijo que sonegas
Ao final de cada lágrima, ao medo do escuro... Já navegas!
Pelo sangue bruto já empeçonhado.
Haja luz!
Que destilas pelas veias entranhadas
Aquela réstia que nos cativa e seduz
É a força do espírito que trafega
Será? Há tempos... De dizer que só navegas
Em mim, pois não tenho o que querer... Delírio.
Dê-me um alívio... Vil antídoto!
Ah! Meu Deus até quando esse martírio?
Devolva-me a paz e tira-me dessa dor
Que te darei todo o meu amor!
Duo: Claudia Gama – PEAPAZ e Hildebrando Menezes