Mamãe.

Minha mãe é uma mulher inteligente. Digo isto com todo o orgulho do meu coração, da minha alma; com todo orgulho do mundo. Outras virtudes também a compõem. Ela é O Cara.

Seu coração pode ser comparado à uma terna cachoeira, cachoeira de amor e *frutos do Espírito (*Gálatas 5.22); onde este é a água que escorre, corre, cai sobre o rio. E o rio sou eu; e o rio é a nossa família, e o rio são os nossos amigos, e o rio são todos o que a conhecem.

Quando eu era pequena vivia embrenhada em seu Salão. Eu era uma pirralha enjoada, mimada, e nem sempre muito educada e agradável; porém, tolerável e quase sempre (na outra metade, aquela em que eu não era desagradável) amável. Naquela época mamãe, como ainda hoje é, manicure; suas clientes, gralhas queridas, sempre me comparavam à ela. Diziam "Ai, Jô! Sua filha é a sua cara!", aquilo me irritava... "Nossa, Jô! Igualzinha a você!". Realmente, aquilo me enraivecia. Porém (como há sempre um porém), hoje loucamente adoro quando estas frases comparativas são pronunciadas. Porque hoje eu sei os significados das palavras "caráter, perseverança, honestidade, paciência, amor, carinho, alegria, felicidade, e luta". É bom ser comparada a alguém que todas estas virtudes possui, e essa Amada Virtuosa é a mulher que eu mais amo na vida.

Yanna Carvalho
Enviado por Yanna Carvalho em 16/09/2011
Reeditado em 24/10/2011
Código do texto: T3223391