Minha Terra Alagoas
Ainda é madrugada...
Levanta-se o sol,
vaza seus primeiro sinais
perfurando o vazio negro, púrpura, violeta,
com fortes lampejos.
É o matiz da transformação,
proclamando o belo natureza:
brisa sinfonia,
branco areia,
amarelo espumas,
verde coqueiral,
azul água marinha,
paredões de terra vermelha,
sereia flutuante em maré-alta,
água turbo em forte moinho,
jangadas que deslizam em busca de horizontes,
água piscina em serenidade,
sereias nuas ao sol sobre arrecifes,
bronze-pele do nativo,
miscigenação radiante conivente.
Sol luz que queima ou faz nascer,
ao quebrar declina o dia:
laranja, carmesim, rubro-negro,
da tarde ao anoitecer.
Instala-se o retorno ao ponto inicial,
aparecendo nos céus o primeiro cintilar,
a partir forma-se o filé-rendado das estrelas.
Gente bonita, prazerosa, tagarela, graciosa,
em deslumbre e em festa.
Como é belo!
Em tudo sou feliz,
cantando vou à vida,
vida de minha terra,
Terra das Alagoas.
Maceió, 14 de dezembro de 1995.
Jatanael Moreira e Silva