Adeus, meu querido e velho, Zuza
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Caros leitores, resolvi postar esta homenagem, pois minha tia achou-a, por um acaso; em suas coisas e mostrou-me como um troféu. O texto mostra, um pouco, a minha alma mórbida; que vem crescendo a cada ano.
Escrevi esse desabafo em 11 de abril de 2005. Eu tinha quatorze anos de idade. Minha imaturidade para com a estética da língua pode ser notada. Contudo, um texto literário permite tudo que é abstrato e errado; no bom sentido.
Portanto, façam bom proveito da leitura dessa homenagem.
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Mais uma vez, estou voltando a este cemitério.
Mais uma vez, estou andando melancolicamente.
Minhas lágrimas escorrem pelo meu rosto.
Essas lágrimas são minhas mágoas, raiva e pensamentos indo embora...
Mais uma vez, um parente meu vai ao encontro do Pai.
Ah, meu querido velho; que pena eu o ter conhecido já velho.
Faço esta homenagem, a você, chorando ferozmente.
Mas, a vida tem que continuar...
Espero que você já esteja no pasto d’Ele,
Vivendo, agora, sua vida eterna bem e em paz.
Mais uma vez, penso no futuro...
Sim, no futuro...
Mais uma vez, oro ao Pai para que Ele cuide bem de você, meu velho.
O seu corpo material já foi sepultado;
E fico olhando tristemente, os últimos segundos que tenho para dizer-lhe: “adeus”...
Fico olhando para a sua companheira, Izabel.
Ela está chorando, sabia?
Mas, tudo bem, cuidarei dela por você.
Ah, velho Zuza, e agora?
O que faço?
Agora só penso em você.
Já sei, vou pedir-lhe uma coisa:
Guarde lugar para nós, pois, daqui a alguns anos, estaremos indo, ou não, até você.
Bem, meu querido e velho, Zuza; essa foi, talvez, a última homenagem que faço a você.
Agora, preciso ir.
Adeus, meu velho e querido, Zuza.
Descanse em paz na sua longa jornada pela frente...
Sim, descanse.
Seja sempre fiel ao nosso Criador.
Dos sentimentos e pensamentos de seu bisneto: Deo.