Uma pequena homenagem...
A ti, criador de poucos minutos de satisfação e ternura, o meu agradecimento; ainda vejo-te com olhos famintos, não o nego, mas por poucos instantes deixo transparecer uma figura frágil, sob uma pele de cobra, traiçoeira e medíocre... despertas em mim algo sensacionalista, terrível talvez, pois por esta fissura quase imperceptível você conseguiu passar, mesmo depois de tantas barreiras que coloquei.
Não te amaldiçoarei, nem ao menos desejo-te mal, pelo contrário... entenda-me, já não posso mais deixar sua figura tão óbvia a outros olhos, pleno motivo de falha da minha parte; nem te odeio, mesmo sabendo que deveria, quem sabe isso me impediria de cobiçar...
Posso homenagear você, de corpo todo, com sua qualidades e seus defeitos, e admirar-te, de longe, pois de perto sofro o grande risco da dor. E dela desviarei, por hora.
A ti, um enigma, um abraço, um aperto de mão
um sopro de felicidade....