Ao guerreiro Castro Alves

Fostes o mais profundo gênio,

Da águia piedosa, dos oprimidos;

O choro, a dor, dos vencidos,

A inquietude mais alta do milênio!

Vibrastes a negridão valente,

Ó guerreiro, ao ranger do embate!

Pelas vias dolorosas, a majestade

Suplicou-te por sumo, tua mente!

Doastes a vida, como o voou da ave

Abraçando a tolerância da terra,

E Deus verdejou, o ramo da serra,

Pra adorar-te, nos céus, salve!...

Salva o guerreiro de dó e piedade!

Pois vós, na pele, os negros sentiam,

Que tudo, por ele, vós torciam,

E rendestes a vós, a eternidade!...

10 de maio de 2010.

Jairo Araújo Alves
Enviado por Jairo Araújo Alves em 25/08/2011
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