PAI
Tu sabes e sabes bem,
Que sou cabeça de vento,
Não faço o que tu me mandas
Só faço aquilo em que penso.
Não te dou nenhum sossego
Pois pensar não é meu forte,
Vivo a vida dia a dia
E perco depressa o Norte.
Por isso estás vigilante,
Pois sem maldade acrescento,
Aos teus dias de existência
Boa dose de tormento.
Mas, pai....
Neste mundo agridoce
Não tenhas dúvida alguma,
Que se às vezes sou o fel da tua vida,
Tu és sempre o mel que adoça a minha!
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”