A um grande homem
Hoje o dia está chuvoso, do jeitinho que o senhor gostava quando saia para viajar a trabalho. A única pessoa que conheci que gostava de dirigir com chuva e durante a noite. Sim! Uma pessoa sempre diferente, com gostos diferentes, com surpresas a cada momento.
Certamente a chuva chegou para lembrar-me mais ainda do senhor - um pai presente, exigente, inteligente e cheio de amor.
Um pai que sempre criou alternativas para driblar as intempéries da vida.
Um pai que ajeitava uma colherzinha de chá na minha mão, colocava-me no seu colo com a cabeça no seu ombro e, quando a colherzinha caia, o senhor sabia que eu estava dormindo. E colocava-me no berço com segurança, isto quando era possível, já que o senhor sempre viajou muito a trabalho e pouco conseguia curtir-me como gostaria. Mas quero que saiba que o “pouco foi muito”, muito mesmo!
Um pai que corria gincanas e, antes, pedia autorização à Comissão Organizadora, para que eu fosse a sua acompanhante, já que eu ainda era muito pequena. As vezes penso que era eu “a sua mulher”.
Um pai que matriculava-se em alguns cursos e, de repente, dizia que não podia participar e transferia-o para mim.
Um pai que deixou uma saudade infinita, mas que hoje eu só penso com amor, com um carinho que enche o meu coração.
Feliz Dia dos Pais meu Pai Eterno!
RR - 14/08/2011