PAI

Ao meu pai que trabalhou...

Ao meu pai que me carregou

em seu ombro cansado...

Ao meu pai que me sustentou

e exprimiu a minha conduta

no calor de seu peito forte.

Ao meu pai que, franzino,

me mostrou um poder descomunal.

Ao meu pai desalinhado de vaidades

alinhavado aos fios da honestidade.

Ao meu pai que não tirou da própria boca,

mas primeiro deu a mim antes de ter para si.

Ao meu pai com quem convivi tão pouco,

mas que a cada instante juntos

me fez viver um amor denso...intenso.

Ao meu pai que não cantou para eu dormir,

mas embalou os sonhos do meu dia a dia.

Ao meu pai que nunca me falou de amor

-Tampouco eu também falei-

Mas que sei: muito me amou.

Ao meu pai que um dia também foi filho.

Ao meu pai em quem me espelho,

dedico meu amor inenarrável.

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 14/08/2011
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