Painho

Ô meu pai do céu,

Ô meu pai!

Painho chegou aí?

É que ele se foi

E assim que partiu e deixou-nos

Deixou-nos um imenso vazio

Ô meu pai,

Ele que se foi sereno

Como quem vai numa nuvem

Sereno como orvalho branco na folha de manhã cedo

Que se foi cedo demais

Ô meu pai do céu!

A saudade é tanta de seus causos

Que causa dor

Ah painho!

Ah se pudesse de novo aparar seus cabelos brancos

Capuchos de algodão alvos fino em seda.

Seu bigode de impor respeito contornar

Só para revê-lo de olhos fechados

Ler os textos tão cheios de vida

Luiz Brandão
Enviado por Luiz Brandão em 13/08/2011
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