Painho
Ô meu pai do céu,
Ô meu pai!
Painho chegou aí?
É que ele se foi
E assim que partiu e deixou-nos
Deixou-nos um imenso vazio
Ô meu pai,
Ele que se foi sereno
Como quem vai numa nuvem
Sereno como orvalho branco na folha de manhã cedo
Que se foi cedo demais
Ô meu pai do céu!
A saudade é tanta de seus causos
Que causa dor
Ah painho!
Ah se pudesse de novo aparar seus cabelos brancos
Capuchos de algodão alvos fino em seda.
Seu bigode de impor respeito contornar
Só para revê-lo de olhos fechados
Ler os textos tão cheios de vida