Uma conversa com meu pai
Uma conversa com meu pai
Não por coincidência, hoje eu lembrei-me de uma conversa que tive com o meu pai, justamente numa manhã de um dia dos pais.
-Meu filho- disse me ele – um dia você vai ser pai... E nesse dia verás, que entre tantas experiências de vida, essa é sem dúvida, a mais sublime e a mais emocionante de todas; mas quando isto acontecer não se deslumbre, porém, e nem crie expectativas.
Você tem a custódia legal dos filhos, mas não a propriedade.
Oriente-os para o caminho do bem, mas não perca a paciência e nem as esperanças com a teimosia e irreverência deles.
Antes de qualquer juízo, não se esqueça que você também teve quinze, dezoito, vinte ... e tantos anos como eles.
Seja duro e crítico se necessário, mas, ser crítico e duro não é humilhar.
Não transforme seu direito de pai em intromissão.
Da mesma forma que você demorou para acreditar na experiência do seu pai, eles também vão demorar para acreditar na sua.
Não se perca querendo ser o melhor pai do mundo, isto não existe, seja apenas pai o suficiente.
Não queira ser o melhor amigo dos seus filhos, eles vão precisar de um melhor amigo, para contar aqueles problemas, que nem ao pai nós contamos. Basta ser um pai amigo.
Não sei se aprendi a lição que ele me passou, mas posso dizer que ele viveu a graça de um pai.
Foi um grande pai, sem a pretensão de ser o nelhor pai do mundo.
Foi um grande amigo, sem a pretensão de ser o meu melhor amigo.
Obrigado meu pai.