Lampião Rei do Cangaço
Ao meu super tio Lyssenko Silva Nunes, poeta, amante e amado por todos.
Quando o dia amanhecia
Pelas várzeas do Sertão
Em que o sol aparecia
Com os gritos de quem morria
Numa batalha engalfinhada
Com os cabras do sertão.
Ouvia-se tiros sibilando
Pelas bandas da região
Cada tiro um matando
Um cangaceiro trombando
Com todo corpo no chão
Cada minuto que se passava
Diminuía a quantidade
Dos cangaceiros que restavam
Cinco horas a luta durou
Cinco horas se passou
Nas profundezas da mata
No fim sobreviveu
Lampião rei do Cangaço
Nunca mais apareceu,
Dizem que ele morreu
Mas ninguém a não ser eu
Sabe desse fato.