DIVINAL

Para o extraordinário poeta e meu irmão querido, Aarão Filho.

MANHÃ

Eu me extasio com os sopros bons das brisas,

gosto de ver, de ter, sentir a natureza

a me invadir o corpo adentro, em sutileza...

Perfeitos versos da maior das poetisas!

Nesses momentos de prazer, quanta grandeza,

sinto as carícias divinais leves, precisas

feitas com mãos tão carinhosas, muito lisas,

descortinando a vida plena de beleza!

Um vento intenso dança com o flamboiã

e esvoaçando suas flores pelos ares,

vai colorindo de vermelho essa manhã...

Com passarinhos a cantarem, sinfonia,

enquanto voam tão felizes com seus pares,

encontro Deus na mais sublime maestria!

(Primeira publicação em 23 de novembro de 2010)

À LUZ DO DIA

A vida oferta-nos riqueza, seu tesouro

toda manhã, no despertar do sol dourado,

intensa luz, que nos faz crer ser vivedouro

o bem de paz que nos domina iluminado.

Ter a certeza de um feliz dia vindouro,

o que se sente ao respirar esse ar sagrado,

sentir na pele bom calor, em brilho d'ouro,

a prova viva que por Deus se é amado.

Muita energia a palpitar pelo Universo,

gratificante fazer parte, feito um verso

desse poema que é o mundo, a natureza.

Quero viver mui plenamente todo dia,

agradecendo grande honra, em poesia,

de usufruir de tanto amor, dessa grandeza.

(Primeira publicação em 15 de dezembro de 2010)

AO PÔR DO SOL

Com meus braços abertos, eu recebo o vento

a me fazer carícias, do alto desse monte;

tomado de fascínio, fitando o horizonte

que acolhe o nobre sol, em dócil acalento.

E cores suntuosas surgem no momento!

Meu Deus, que bom sorver da Vossa santa fonte!

Do puro amor, da paz, que eu possa ser a ponte,

ser todo gratidão por tanto encantamento!

Em meio à maravilha, eu tenho uma certeza:

Só mesmo um Ser Supremo cria tal beleza!

A plena perfeição, aos tons de harmonia!

Quero, por muito tempo, o sopro delicioso,

envolto nessa arte, o céu esplendoroso,

a reverenciar a luz de todo dia!

(Primeira publicação em 17 de dezembro de 2010)

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 01/08/2011
Reeditado em 01/08/2011
Código do texto: T3131758
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