A Balada do Amor Cego

Um homem honesto, um homem probo,

Tralalala-la trala-laleru

Se apaixonou perdidamente

Duma que não o amava nada

Disse-lhe traga-me amanhã

Tralalala-la trala-laleru

Disse-lhe traga-me amanhã

O coração de tua mãe para meus cachorros.

Ele foi até a mãe e a matou,

Tralalala-la trala-laleru

Do peito, o coração, arrancou

E para seu amor voltou.

Não era seu coração, era o coração,

Tralalala-la trala-laleru

Não bastava aquele horror,

Queria uma outra prova do seu cego amor.

Disse-lhe: amor, se me queres bem,

Tralalala-la trala-laleru

Disse-lhe: amor, se me queres bem,

Corta-te dos pulsos as quatro veias.

As veias do seu pulso ele cortou,

Tralalala-la trala-laleru

E como o sangue dele jorrou,

Correndo como um louco, para ela voltou.

Disse-lhe ela, rindo alto

Tralalala-la trala-laleru

Disse-lhe ela, rindo alto,

Sua última prova será a morte.

E enquanto o sangue lentamente saía,

E já mudava a sua cor,

A vaidade fria regozijava-se,

Um homem havia se matado por seu amor.

Lá fora soprava doce o vento

Tralalala-la trala-laleru

Mas ela foi tomada pelo desânimo,

Quando o viu morrer contente.

Para morrer contente e apaixonado,

Quando a ela nada havia restado,

Nem o seu amor, nem o seu bem,

Mas só o sangue seco das suas veias.

Koyaanisqatsi
Enviado por Koyaanisqatsi em 31/07/2011
Código do texto: T3131202
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