Saudades, amigo...
Conheci você no colégio. Eu com 16 anos e você com 15. Tempo bom. Lembro como se tivesse sido ontem...
Intervalo/recreio, em minha sala – quanta moral – você todo “malandrinho” querendo que eu ficasse com seu amigo... 7 meses de insistência, mas nada aconteceu. Lembro-me que nunca havia “ficado” com ninguém e o excesso de timidez fez com que eu dissesse: “Ano que vem, garanto!” – quanta imaturidade!
Dito e feito!
No ano seguinte, segundo dia de aula, você e seu amigo novamente me procuraram, nada aconteceu. Seu amigo, meu colega, começou a ter ciúmes de nossa sintonia – ele e outros tantos... Você se achava... Eu me achava...
Assistimos aos jogos intercolegiais juntos, UIÊ, você gritava/torcia assim. Deu-me um abraço tão gostoso - nunca esquecerei o motivo. Nunca esquecerei você!
Eu, você e A.R.. Eu morando em um bairro, Amaralina, o qual chamávamos de “cidade”. Você na Nova Brasília, ou seja, “no rio”, só comia peixe. A.R. morando no Parque Verde, “na roça”, alimentando-se de pequis.
Ô tempo... por que não volta???
Ai, menino você faz falta!!!
Acho que hoje faz um ano que você se foi, não tenho certeza, ninguém pode me certificar... Soube no dia 21/07/10 que você havia falecido...
Sinto vontade de você...
Sinta-se abraçado por aquela que, para você era: a Donzela, a BV...
Ternas e eternas Saudades, meu amigo: R.C.M.T.
Asas, 09/07/11