Apologia sobre o velho avental que mamãe trazia
Era um avental impecável; porque quem o vestia o revestia da mais santa e alva fantasia insofismável. Era mamãe, claro; somente ela poderia usar uma paradoxal abatina togada da mais santa energia. Esposa, amiga admirável que conduzia o nosso lar com seu suave “Dom” episcopal celibatário do mal. Bem... Até não sei por que meti assunto eclesial no âmago imortal de minha genitora e protetora imortal. Talvez no afã de beatificá-la, assim como poderia para honrá-la ao fardá-la com aquele roupão todo bordado de uma academia de quem nunca morre na ilusão de eternizar à cultuada prole...
Na realidade o que estou querendo dizer é que nada é igual à verdadeira mãe sem idade. Quantas mães padecem pelos filhos lhes dando seus próprios pães.
Bem, falar de verdadeira mãe é brincadeira de “chover no molhado”, é fartar-se de besteira ao eximi-la de pecado...
A sua própria alma deve ter a consciência de uma mãe!
O Clarim da Paz