A POESIA DE PAULO ADÃO - BANIMENTO
BANIMENTO
Cá nesta terra estou
sem amores que deixei eu longe
se a morte ainda me não levou
fico à sorte, a vida tange
A vagar nesta terra banido
já a solidão é menos companheira, mais taciturna
lá não posso regressar cedo, combalido
cá serei hospedeiro se uma amargura diuturna
Nesses dias de natureza morta
deita o pranto, a dor rotura
tanto menos a vida importa, quanto mais se abre a fissura
Que me conta a brisa crepúscula
qual não saiba de cor o enredo:
o dia findo é porciúncula dessa vida arremedo
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AGRADEÇO A TERNURA E O CARINHO DE TODOS QUE SE SOLIDARIZARAM COM ESSE MOMENTO TÃO DOÍDO. MUITO OBRIGADO A TODOS , AS PALAVRAS DEIXADAS NOS COMENTÁRIOS FORAM UM BÁLSAMO PARA MIM E PARA TODA A MINHA FAMÍLIA. NOS PRÓXIMOS DIAS PRESTO AQUI UMA HOMENAGEM AO MEU TÃO QUERIDO E ESPECIAL IRMÃO COM A POESIA DELE MESMO.
+ 24/02/1959 / 06/06/2011