SÉRIE: MUSAS DE MEUS VERSOS - 31 - Flavia Luisa
Como a natureza te concebeu?
Penso que tenha sido mais ou menos assim...
Certa feita o luar mineiro achou por bem doar algo de seu poder
E o fez descer ao reino físico e limitado dos mortais
Consigo trouxe a doçura dos olivais e a brisa do amanhecer
Para reverdecer a paisagem tocada por seus passos magistrais!
Desceu com a forma assumida de uma deusa amorenada
E em sua pele prateada plantou sementes de apelos irresistíveis
Para gerar vôos e declives na multidão que lhe avista venerada
Tornando-lhe uma diva apaixonada, dotada dos retoques mais sensíveis!
Seus olhos lembram a limpidez dos rios beijados pelo sol
Para existir em prol dos múltiplos encantos em seus despertamentos
Deu-lhe poesia como indumentos, pôs em seus versos um anzol
Que fisgam qual lençol, aquecedor dos ávidos desejos e sentimentos!
Um dia certamente a história dos fascínios quis inovar
E passou a conjugar o verbo que nem mesmo a gramática preconiza
Surgiu a flor que paira qual baliza nas primaveras a bailar
Pois quando a vida quis ao mundo encantar...nasceu Luisa!!
"Prometo que se algum dia as palavras conseguirem traduzir-te, tentarei fazê-lo de modo mais preciso e mais aproximado de ti. Até lá, que esses versos sejam lembrados como minha mais sincera tentativa. Beijos."
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Reinaldo Ribeiro - O Poeta do Amor