O NOSSO INESQUECÍVEL CASARÃO
QUANTA SAUDADE DO NOSSO IMPONENTE CASARÃO, EMBELEZANDO POR DÉCADAS, A ESQUINA DA RUA VITOR KONDER,1
Que felicidade ele ter sido tombado e lá continuar firme, conservado, embelezando a esquina da rua Victor Konder com o Largo Benjamim Constant, em Florianópolis. Muitas residências que existiam, lindas também, e que faziam limite com o casarão, foram demolidas e, no seu lugar, erguidos belíssimos e enormes edifícios de apartamentos. É a cidade crescendo, agigantando-se, modernizando-se.
Entretanto, nosso casarão permanece lá, para alegria de seus descendentes e de todos que lá habitaram.
Nosso casarão foi construído em 1900, pelo meu bisavô materno, italiano, ÃNGELO FEDRIGO, casado com Marieta Fedrigo. Desse casamento nasceram seis filhos: minha avó materna Emilia Fedrigo da Costa, casada com Antônio da Costa. Vovó Emilia teve cinco filhos: Antonio, Albertina, minha mãe ORLANDINA, Diamantina e o caçula Dagoberto.
Do casamento de João Fedrigo(Joanin), meu tio avô, com Valda Ortiga Fedrigo, nasceram dois filhos: Édio Fedrigo que participou bastante da construção de Brasília, constando seu nome no mural de personalidades no memorial JK, e Carlinhos ( Carlos Fedrigo), faleceu muito jovem.
Antonio Fedrigo morreu solteiro, quando eu estava cursando o Curso Clássico; na minha adolescência, infância, ensinava-me e me orientava a gostar de boas leituras.Foi graças a ele que, ainda criança. comecei a folhear e ler bons livros, como a Coleção de Harrison Marden.
Corina Fedrigo de Souza, outra minha tia avó, habitava num casarão enorme na Trindade; até hoje me lembro das feijoadas feitas em panelões, nas alas das palmeiras, e do regato que existia no limite da chácara, com água cristalina, onde eu levava uma peneira para pegar mus peixinhos, colocando-os num vidro.
Teve os filhos: Braz de Souza (fazendeiro), Maria Flora (professora), casada com o alemãoMax; Orlandina casada com o militar Valdemar Cordeiro; Inah casada com Abelardo Batista de Silva; Nair casada com Paulo Moritz, Rosinha Fedrigo M alty, casada com Miguel Oady Malty, comerciante de origem sírio libaneza que possuía um importante armazém na Rua João Pinto, bem no coração de Florianópolis. Deixou um filho que mora na Trindade:
Fernando Moacir Malty.
Ida fedrigo Podiack, cujo genro André Maykot, tinha uma casa comercial bastante famosa, no estreito, na qual vendia muitos produtos, inclusive material de construção. Um de seus netos continua com o mesmo ramo de negócio em Curitiba, a conhecida CASSOL
Tia Ida teve os seguintes filhos: Túlio, falecido muito jovem. Olga casada com André Maykot, sendo uma das filhas, Graciema, hoje falecida. Casada com um dos donos da atual Cassol; Orlando casado com a senhora Alma. Funcionário da Souza Cruz. Roberto falecido e
Gema morando no Estreito em Florianópolis.
Domingas Fedrigo (Tia Bicota), morreu solteira, quando eu já morava em Apucarana PR. O casarão foi deixado para ela, em testamento.
N época de minha infância e adolescência, achava o casarão enorme, com seus jardins, pomar, figueira, parreiras de uva, pessegueiros, cajueiros, galinheiros, horta...Nele realizei minha festa de casamento, pois as salas eram igualmente enormes..
Quanta saudade...meus olhos ficam umedecidos das lágrimas que procuro conter ao recordar minha infância, minha adolescência, minha saudável e alegre maneira de viver.
E agora passado cinqüenta anos, não habitando mais no meu inesquecível, mas sempre lembrado casarão, poder num pleito de memória lançar o meu livro=O VERDE ESMERALDA DO TEU OLHAR. .
A vida me recompensou. Dinah Lunardelli Salomon. Novembro 2.006