Nathan de Castro

Senhor de uma poesia maravilhosa!!! Não canso de admirar.



Soneto para Garimpar Sonhos

Por quantas vezes eu me vi na estrada
a confundir cristais com diamante...
Às vezes, penso que perdi o instante
do apaixonante sonho de alvorada.

Por quantas vezes vi, sem dizer nada,
o brilho de uma pétala distante...
Não fui ao seu encontro e, sempre errante,
vaguei um verso frio à madrugada.

Juntando pedras falsas e sonetos,
sigo a marcar as curvas do caminho...
E cumpro esse meu canto garimpeiro!

Talvez uma pepita entre os gravetos
do tempo, inda me traga à flor do ninho
o encanto de um brilhante verdadeiro!

Nathan de Castro