O Caso Triste de um Andarilho

Eram aproximadamente 15:40 Hs,quando saí da cadeira do dentista.Sem ter o que fazer,caminhei sem destino,entrando casuamente em uma área de descanso do jardim municipal.caminhava lentamente,ouvindo uma música suave que vinha do som que um vendedor ambulante usava como propaganda de sua mercadoria.Seguia distraidamente quando prssentí que alguém me olhava fixamente pelas costas. Parei e voltei-me devagar.Avistei em um dos bancos de cimento um velho.Seus cabelos estavam desgrenhados , a barba grande e suja,tal como suas roupas, mostravam que era apenas mais um como tantos moradores de rua.Seus pés,calçando uma sandália do tipo havaiana,mostravam a quanto tempo não tomava um banho. Ainda assím,alguma coisa me chamou a atenção naquele homem.caminhei em sua direção,e notei que apesar de o encarar,ele não desviou os olhos de mimAproximei-me e me sentei ao seu lado.Nesse momento,ele já não me olhava,continuava olhando na mesma direção de quando o ví pela primeira vez.Nada fiz por alguns momentos.esperava que ele me pedisse alguma coisa,como um dinheiro ou algo para comer.Porém,ele nada disse. resolví então** puxar conversa.**. Disse a ele. Tudo bém?Seus olhos se moveram em minha direção,parecendo querer me dizer algo,mas, sua voz não saiu.Ele continuava me fitando,e percebí então que seus olhos não mais se moviam.Começou a me incomodar ve-lo assím,seus olhos abertos sem piscar , sua boca como se fosse balbuciar alguma palavra.Só então me dei conta de que ;aquele homem acabara de morrer. Alí,ao meu lado.Talvez quizesse me pedir para leva-lo a um hospital ou chamar uma ambulância.Chamei um policial que passava pela rua,e nesse instante dezenas de curiosos se aproximaram.Minha surpresa foi maiór ainda,quando o policial tirou-lhe do bolso uma carteira desgastada e suja,e eu pude ver através de seus documentos quem era aquele andarilho.Era Genésio Gabriel,O soldado Gabriel que servira ao exército comigo em 1970,na cidade de Juiz de Fora ,M G.Pobre homem. Nada mais poderia ser feito por ele.

Batista de Oliveira
Enviado por Batista de Oliveira em 17/05/2011
Reeditado em 05/10/2013
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