Autorretrato pré-póstumo.
A morte de um poeta precisa ser sentida como quem chora a própria morte, pois ninguém há que sofra mais com a iminente e lutuosa dor do que o escritor enlutado por um amor cruento e não misericordioso igual ao da bela Raphaela. Os olhos marejam e as vísceras tremem.... derramam-se no chão gotas de sangue... e no fúnebre cortejo da alma, apenas os amigos sentem compaixão e choram ao lado de quem resta. Um invólucro sem sentido... Um homem derrotado.
Ter perdido o Fidelis de uma forma trágica e dolorida como essa nos consterna muito. Lamento que tão jovem tenha partido o poeta e sonhador... Roubado da vida e da juventude de seus trabalhos e poemas de amor rompante, pelo amor lançou-se da vida para viver na história e ser mártir de um sonho que acreditou ser possível. Vai para o teu repouso, poeta.... deixa-nos enlutados (De seu amigo, Issachar).
Autorretrato pré-póstumo.