Meu mundo, minha gente, minha história

Meu lugar, minha terra,

Onde inicio o conto da minha história

Onde os sonhos, para mim nunca se encerra

Terra, onde minha gente dorme como os pássaros em pleno acalanto

Em minha casa grande, todos recebo,

Sou juiz de paz, sou médico, sou tudo,

Da beleza, tranqüilidade desta terra não me desfaço

Por eles percorro o mundo

Vivo em um mundo onde tudo é real

Mas sonho coisas, com as quais deliro no pensamento humano

Onde faço de meus escritos o meu diário oral

Pois todas as coisas que em minha mente se fazem

Flutuar não passa de um completo desengano.

Súbita razão que me faz acreditar em seus malditos dizeres

Hoje liberdade, amanhã presidiário do sofrimento

A chibata nas costas dói minh’alma nua, sem chão e sem poderes

As noites frias de que passamos ao vento

Causou-me a morte fora de meu leito

Minha cor não nega o valor de meu povo

Com o calor e a dor das chibatas em minha pele

Ao som da cantoria de meus filhos,

Salvo todos do velho ao novo

Vinicius Leal Miranda da Silva

02/08/2010

Francisco Lima e Silva
Enviado por Francisco Lima e Silva em 14/05/2011
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