Meu mundo, minha gente, minha história
Meu lugar, minha terra,
Onde inicio o conto da minha história
Onde os sonhos, para mim nunca se encerra
Terra, onde minha gente dorme como os pássaros em pleno acalanto
Em minha casa grande, todos recebo,
Sou juiz de paz, sou médico, sou tudo,
Da beleza, tranqüilidade desta terra não me desfaço
Por eles percorro o mundo
Vivo em um mundo onde tudo é real
Mas sonho coisas, com as quais deliro no pensamento humano
Onde faço de meus escritos o meu diário oral
Pois todas as coisas que em minha mente se fazem
Flutuar não passa de um completo desengano.
Súbita razão que me faz acreditar em seus malditos dizeres
Hoje liberdade, amanhã presidiário do sofrimento
A chibata nas costas dói minh’alma nua, sem chão e sem poderes
As noites frias de que passamos ao vento
Causou-me a morte fora de meu leito
Minha cor não nega o valor de meu povo
Com o calor e a dor das chibatas em minha pele
Ao som da cantoria de meus filhos,
Salvo todos do velho ao novo
Vinicius Leal Miranda da Silva
02/08/2010