Quero que saibas que me lembrei...

Lembrei da minha tenra infância, da época em que gastava horas debruçado sobre papéis em banco desenhando suas caricaturas.

Lembrei do tempo que só era a minha Mãe... a mais bonita, a sabedora de tudo, a mais forte e corajosa de todas as outras Mães do mundo.
Foi tão bom recordar de como era a minha heroína... e isso me bastava!
 
Depois, chegou o tempo que minha revolta nos afastou. E aí eu sentia saudades de colorir suas feições no papel. Afinal, Mãe é sempre necessária.
 
Com a maturidade veio uma Mãe amiga, capaz de uma cumplicidade comovente e genuína. Assim, foi possível conhecer as suas outras faces. Descobri que ela é frágil, suscetível, carente, medrosa e manhosa. Enxerguei seu semblante cansado pelos solavancos da vida e das pesadas experiências.
 
Nem por isso ela deixou de ser a PODEROSA MÃE!
 
A amizade nos tornou mais próximos, mais achegados a ponto de rompermos o véu da mentira e nos deixarmos contemplar como somos: vários em um só.
 
Agora eu temo o tempo que ela não estiver mais...

...E eu me sentirei sozinho, sem origem!
 

Amo, como eu amo!


Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 08/05/2011
Reeditado em 07/03/2012
Código do texto: T2956882
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