Mãe

E nas manhãs és o primeiro pensamento, meu coração, e me inspira, eu ainda tenho que voar, me escapar. De todos os talentos tenho aqueles que me foram concedidos através de um amor que sentia quando ainda não partira de seu dentro, para o papel o mesmo risco da caneta também tenho, ao me espelhar, me vejo refletida e sem duvidas, ao traçar dos meus olhos, ouvidos e boca, que com tantas incertezas, angustias e sofrimentos foram desenhados ao namorar de cada risco em seu corpo e coração, de cada canção, que ainda lembro sob batida e ritmo de nossos corações, para que mais perfeição, Demonstração maior somente divina. Que dom. Meu Deus que Dom ! Inspira-me e cativa, meus olhos em agua viva, onde vim parar? Sem historias e sem canção de ninar, me ensinou a conversar e a cantar para o papai do céu, ensinou a teoria da vida mais bela, e me contou sobre o amor que me plantou em seu corpo e coração, e como o tempo se passou, lembro-me dos teus beijos inocentes aos meus lábios de um anjo sem pecados, ainda não tinha meus 7 anos, me escondia a te esperar, por uma historia ou canção de ninar, tua voz sempre me acalmou e fortificou, sim como palavra escrita sagrada, palavra honrosa e respeitosa, monumento que sempre carreguei, dormia eu enquanto suspirava ao seu som, ao ver seu beijo pela manhã por toda vez que acordava, e me ensinou a caminhar, a não desviar dos meus tropeços, e a gargalhar, e a conversar, um dia quem dirá poetizar, nunca serei um vazio, certeza que carrego, pois ja preenchi um inebriante lugar, pois bem vou lhe contar, era um imenso jardim, um daqueles sem fim algum, coberto o chão por gramas todas floridas, e por ai margaridas com balanços da cor dos olhos teus robustos por pétalas lilases da cor de nossos sonhos e não posso me esquecer do cheiro puro no ar, que moradia linda que nunca negou aconchego a nenhum outro coração, por quantas vezes ao mesmo tempo que me alegrava despencava dos balanços, com os joelhos ralados e braços todos esfolados, uma cura a me esperar, um beijo seu, e se passar, a dor o choro e a lagrima, ligação tão forte e pura onde a dor transporta e cura, me lembro como se foce no dia em que nasci, era uma menina tão levada, de cabelos cacheados, que sonhava em colher os alecrins dourados, que jamais fora semeados, e a noite sobre a lua e o lago dormir, realmente era uma criança com o tempo na mão, e o amor sereno, repousa em meu coração.

Mãe és meu aconchego, minha palavra segura, minha controvérsia, meu céu, minha primeira palavra, meu primeiro passo, meu primeiro tombo e meu primeiro beijo, luz, minha estrela.

Que orgulho de tê-la em mim e junto a mim.

Mãetiza! Adocica-me, por amor em tudo.

Eu te amo, sem mais.

Lua Carolina
Enviado por Lua Carolina em 07/05/2011
Reeditado em 08/05/2011
Código do texto: T2955037
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.