PARTO SEM DOR (a todas as mães órfãs de filhos)
Aquela mulher engravidou num dia de gelos, estuprada violentamente por dores que lhe cortaram o peito e a fecundaram de desesperanças. Sim, não foi no ventre que a criança se aninhou na espera... foi no seu peito, fazendo do seu coração útero e berço, fazendo das suas lágrimas fluido protector, fazendo da sua saudade âmnio seguro!
Aquela mulher é mãe ainda. Depois de sê-lo, antes de o ser... Um dia, o parto será encontro, união, esvoaçar de abraço. E o Dia da Mãe cumprir-se-á eterno...
Teresa Teixeira
Porto, Portugal, 1 de Maio de 2011, Dia da Mãe ( e teu, Diana, que és minha todos os dias...)